sábado, 5 de setembro de 2009

Carta de um pai ao filho

Amado Filho,
O dia em que este velho já não for o mesmo, tenha paciência e me compreenda.
Quando eu derramar comida sobre minha camisa e esquecer como amarrar meus sapatos, tenha paciência comigo e se lembre das horas que passei te ensinando a fazer as mesmas coisas.
Se quando conversa comigo, repito e repito as mesmas palavras e sabes de sobra como termina, não me interrompas e me escute. Quando era pequeno, para que dormisse, tive que contar-lhe milhares de vezes a mesma estória até que fechasse os olhinhos.
Quando estivermos reunidos e, sem querer, fizer minhas necessidades, não fique com vergonha e compreenda que não tenho a culpo disto, pois já não as posso controlar. Pensa quantas vezes quando menino te ajudei e estive pacientemente a seu lado esperando que terminasse o que estava fazendo.
Não me reproves porque não queira tomar banho; não me chames a atenção por isto. Lembre-se dos momentos que te persegui e os mil pretextos que tive que inventar para tornar mais agradável o seu banho.
Quando me vejas inútil e ignorante na frente de todas as coisas tecnológicas que já não poderei entender, te suplico que me dê todo o tempo que seja necessário para não me machucar com o seu sorriso sarcástico.
Lembre-se que fui eu quem te ensinou tantas coisas.
Comer, se vestir e como enfrentar a vida tão bem com o faz, são produto de meu esforço e perseverança.
Quando em algum momento, enquanto conversamos, eu chegue a me esquecer do que estávamos falando, me dê todo o tempo que seja necessário até que eu me lembre, e se não posso fazê-lo não fique impaciente; talvez não fosse importante o que falava e a única coisa que queria era estar contigo e que me escutasse nesse momento.
Se alguma vez já não quero comer, não insistas. Sei quando posso e quando não devo.
Também compreenda que, com o tempo, já não tenho dentes para morder, nem gosto para sentir.
Quando minhas pernas falharem por estarem cansadas para andar, dá-me sua mão terna para me apoiar, como eu o fiz quando começou a caminhar com suas fracas perninhas.
Por último, quando algum dia me ouvir dizer que já não quero viver e só quero morrer, não te enfades. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com seu carinho ou o quanto te amei.
Trate de compreender que já não vivo, senão que sobrevivo, e isto não é viver.
Sempre quis o melhor para você e preparei os caminhos que deve percorrer.
Então pense que com este passo que me adianto a dar, estarei construindo para você outra rota em outro tempo, porém sempre contigo.
Não se sinta triste, enojado ou impotente por me ver assim. Dá-me seu coração, compreenda-me e me apóie como o fiz quando começaste a viver.
Da mesma maneira que te acompanhei em seu caminho, te peço que me acompanhe para terminar o meu.
Dê-me amor e paciência, que te devolverei gratidão e sorrisos com o imenso amor que tenho por você.
Atenciosamente,
Teu Velho
Autor: Levi da Silva Barreto

FERIDAS NA BOCA E/OU DOR AO ENGOLIR

Coma alimentos macios ou bem cozidos (sopas cremosas, purê de batata, maçã cozida, banana amassada, pão de forma, miolo de pão, gelatina, pudins e flans).
Umedeça o pão ou o biscoito no leite, chá (camomila, erva doce, erva cidreira, hortelã), sopa ou outros líquidos para ficarem macios.
Não coma alimentos apimentados ou ácidos que possam causar irritação na boca.
Evite alimentos e bebidas muito quentes. Prefira alimentos à temperatura ambiente ou frios e bebidas geladas.
Utilize suco natural de caju, goiaba ou laranja lima como fonte de vitamina C, pois podem ajudar na cicatrização das feridas.
Para tomar alimentos líquidos (sopa, mingau etc) use um canudo ou beba em um copo, ao invés de usar a colher.
Tente inclinar sua cabeça para trás, para ajudar a comida a descer com mais facilidade.
Enxágüe a boca antes e/ou após as refeições, ou sempre que
sentir necessidade.
Evite fumar ou tomar bebidas alcoólicas.

Gastrite e a Úlcera Gástrica

Entenda o que causa a gastrite e a úlcera gástrica e duodenal.




Antes da mais nada, é preciso definir o que é uma gastrite e o que é uma úlcera, seja ela do estômago ou do duodeno.



A gastrite é a inflamação do epitélio do estômago, ou seja, da camada de tecido que recobre o mesmo. Essa mucosa age como um forro composto por um tecido resistente à acidez intensa, o que faz todo sentido uma vez que o material contido no estômago apresenta pH extremamente baixo.



A úlcera, como próprio nome diz, é uma ulceração (ou erosão) neste epitélio, como se fosse uma grande afta. A úlcera é dita gástrica quando acomete o estômago, e duodenal quando se faz presenta no duodeno (primeira porção do intestino delgado).






GASTRITE

A gastrite não é uma doença única. É na verdade o resultado final de diversos tipos de agressão ao estômago. Podemos citar como causas de gastrite:


- Uso prolongado de Antiinflamatórios (lei: ANTIINFLAMATÓRIOS)

- Uso prolongado de Ácido acetilsalicílico (Aspirina)

- Infecção pela bactéria Helicobacter pylori (leia: Como e quando tratar o H.Pylori )

- Abuso de álcool (leia: EFEITOS DO ÁLCOOL E ALCOOLISMO)

- Refluxo de bile para o estômago

- Grandes estresses físicos como traumas, queimaduras, cirurgias de grande porte, sepse etc...

- Gastrite auto-imune (leia: DOENÇA AUTO-IMUNE)

- Insuficiência renal crônica (leia: INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA - SINTOMAS)

- Quimioterapia ou radioterapia

- Parasitoses

- Intoxicações alimentares

- Cigarro (leia: Como e porque parar de fumar )


A gastrite se manifesta com sintomas como queimação, azia, dor na "boca do estômago", náuseas, empanzinamento e eructações (arrotos) (leia: GASES INTESTINAIS: O que é o pum ? O que é o arroto).


Esses sintomas são enquadrados em um quadro chamado de dispepsia. É importante salientar que a intensidade dos sintomas não necessariamente se correlacionam com a gravidade da gastrite ou com a presença de uma úlcera. Podemos inclusive ter dispepsia e não apresentarmos na endoscopia nenhum sinal de gastrite, como se pode ter uma úlcera e quase não sentir incômodo.


Quando há sintomas, porém, não há lesões visíveis no estômago/duodeno, damos o nome de dispepsia funcional. Ou seja, quadro clínico de gastrite/úlcera sem que haja efetivamente essas lesões. A dispepsia funcional é a situação responsável pelo que é erradamente chamado de gastrite nervosa.


NÃO EXISTE GASTRITE NERVOSA. Ao contrário do estresse físico, o estresse emocional sozinho não é causa de lesões no estômago ou duodeno. Situações de estresse podem desencadear sintomas de dispepsia, podem também atrasar a cicatrização de lesões existentes, mas individualmente, nunca causarão gastrite ou úlcera.


A gastrite pode ser aguda, quando se desenvolve rapidamente, ou crônica, quando a inflamação se instala lentamente e persiste por vários meses. A primeira é normalmente causada por álcool, medicamentos e intoxicações alimentares. A segunda costuma ter como causa o H.pylori.


As gastrites se não tratadas podem evoluir com erosões da mucosa do estômago, levando a formação das úlceras.


ÚLCERA PÉPTICA


As úlceras pépticas são aquelas causadas pela ação do suco gástrico na parede do duodeno, estômago ou esôfago. As 2 principais causas são abuso de antiinflamatórios e infecção pelo H.pylori.


Os antiinflamatórios mais novos chamados de inibidores da COX-2 são menos lesivos ao estômago/duodeno, porém, não são 100% seguros. Apesar de efetivamente causarem menos úlceras pépticas, naqueles já apresentam úlceras, o uso dos Cox-2 impede sua cicatrização.


As úlceras duodenais são mais comuns que as gástricas e acometem principalmente indivíduos entre 30 e 50 anos de idade. As úlceras gástricas são mais comuns em pessoas acima dos 60 anos.


As úlceras podem complicar causando perfurações ou sangramentos. Úlceras pépticas não viram câncer, mas alguns cânceres podem se apresentar com uma aparência semelhante à uma úlcera. As úlceras gástricas da pequena curvatura são as que mais merecem atenção pois é neste ponto onde costumam surgir as neoplasias.


Uma úlcera pouco sintomática é muitas vezes a responsável por uma anemia sem causa aparente. O sangramneto pode ser pequeno e não perceptível a olho nu, porém, uma úlcera também pode se apresentar como uma hemorragia abundante, sendo suficiente para haver perdas de sangue vivo pela boca ou pelas fezes (leia: SANGUE NAS FEZES E HEMORRAGIA DIGESTIVA).


Diagnóstico da gastrite e da úlcera péptica


O diagnóstico é feito através da endoscopia digestiva alta. Uma vez que detectada uma úlcera, deve-se sempre biopsiá-la, mesmo que essa não apresente características de câncer. Não é seguro descartar neoplasia apenas pelo aspecto da lesão.


A pesquisa do H.pylori só deve ser feita na presença de úlceras. Apesar desta indicação, muitos médicos ainda fazem a pesquisa da bactéria mesmo quando há somente sinais de gastrite. Não se deve pesquisar porque não há indicação de se tratar H.pylori sem úlcera.


Os laudos das endoscopias digestivas costumam causar algum grau de confusão. Primeiro é importante conhecer a anatomia do estômago:





Algumas dúvidas comuns:


- Quando se diz gastrite antral ou de antro, significa inflamação da porção final do estômago (ver desenho acima).

- O termo enantematosa significa lesão de uma mucosa. Logo, gastrite enantematosa antral é uma inflamação com lesão da mucosa na região do antro.

- Pangastrite significa um inflamação difusa, acometendo grande parte do estômago.


Tratamento da gastrite e da úlcera péptica


O tratamento hoje em dia é feito com supressão da acidez gástrica. Existem 2 classes de medicamentos com esse objetivo


- Antagonista do receptor H2 - Ranitidina

- Inibidores da bomba de prótons (IBP) - Omeprazol, pantoprazol, lanzoprazol etc...


Dá-se preferência aos IBP por serem mais efetivos.


Deve-se suspender antiinflmatórios, cortar o cigarro e a bebida alcoólica. Como já foi dito, o tratamento do H.pylori só está indicado se houver úlcera. Não há evidências de que a erradicação da bactéria na gastrite isolada traga algum benefício.


O tratamento é feito por pelo menos 4 semanas.

Urina em excesso

Você urina muito e com muita frequência ? Saiba o que pode ser.

Um dos possíveis sinais de doença é a presença de urina em excesso ou uma vontade constante de urinar.

Antes de entrar em detalhes, é importante diferenciar alguns conceitos. Guarde esses nomes:

Poliúria: É o nome dado ao excesso de produção de urina. Normalmente quando o volume é maior que 2,5 a 3 litros por dia. A poliúria pode ser apropriada, quando o paciente ingere muito líquido e precisa eliminá-lo, ou inapropriada, quando não há grande ingestão de líquidos e esse excesso de urina leva a desidratação. O primeiro é uma resposta fisiológica enquanto que o segundo é um sinal de doença.


Polaciúria (polaquiúria): É o aumento da frequência do ato de urinar, mas com o volume total ao longo do dia dentro da faixa da normalidade. Trata-se daquela pessoa que vai ao banheiro várias vezes mas urina sempre pequenas quantidades.


Nictúria: É o excesso de urina que ocorre durante a noite e faz com que o doente acorde várias vezes para urinar.

O rim é o órgão responsável pelo controle da água corporal. O corpo está sempre em equilíbrio. Se bebermos líquido demais, o excesso sai na urina. Se estamos em um dia quente e perdemos muita água pelo suor, o rim diminui a produção de urina e mantém o corpo hidratado.

Quando começamos a urinar demais sem que estejamos consumindo muitos líquidos, é sinal que há algo de errado.


Poliúria

A principal causa de poliúria é o Diabetes Melitus. No diabetes ocorre um aumento do nível de glicose (açúcar) no sangue. Como tudo que está no sangue é filtrado pelos rins, esse excesso de glicose é eliminado na urina. Toda vez que a taxa de glicose sanguínea ultrapassa 200 mg/dl, ocorre o que chamamos de glicosúria, ou seja, urinamos glicose.

Como nós não podemos urinar açúcar, essa glicose toda tem que ser diluída para ser eliminada. Quanto maior a concentração de glicose que chega aos rins, mais água é necessário para sua diluição. O resultado final é que, para podermos eliminar esse excesso de glicose, acabamos por ter que eliminar muita água junto. Por isso, o diabético urina muito. E como ele urina muito inapropriadamente, desidrata e sente muita sede. Portanto, excesso de urina com excesso de sede é um sinal típico de diabetes melitus.

Existem algumas doenças dos túbulos renais que podem causar perda de algumas substâncias sem que essa estejam em excesso no sangue, inclusive glicose. O mecanismo é o mesmo do descrito acima: uma substância em excesso precisa ser diluída para ser excretada na urina. São doenças mais raras. Glicosúria sem hiperglicemia (glicose sanguínea alta) também é sinal de doença.

Outra doença, também dos túbulos renais, é um segundo tipo de diabetes, que nada tem a ver com excesso de glicose. É o Diabetes Insipidus.

O nome diabetes tem origem grega e significa em uma tradução grosseira, perda de água. O termo melitus tem a ver com mel, adocicado, enquanto que insípidus, significa falta de gosto. Portanto, Diabetes Melitus e Diabetes Insípidus. O primeiro é muito mais comum.

O Diabetes Insípidus é causado por um problema no hormônio antidiurético (ADH), a substância que controla a quantidade de água que o rim vai eliminar ou reabsorver. Quando em excesso, urinamos pouco, quando em falta, urinamos muito. O Diabetes Insípidus ocorre quando produzimos pouco ADH ou quando o rim perde a capacidade de responder ao mesmo.

Só como curiosidade, o álcool inibe a produção do ADH, por isso urinamos muito após ingestão de bebidas alcoólicas. ( leia: RESSACA E POR QUE FICAMOS BÊBADOS ? para mais detalhes). Intoxicação alcoólica é uma causa transitória de diabetes insípidus.

Outra etiologia de excesso de urina é o uso de diuréticos (leia PARA QUE SERVEM OS DIURÉTICOS ?). Em geral, a causa é óbvia, porém, algumas fórmulas para emagrecer e remédios ditos naturais, apresentam substâncias diuréticas escondidas em suas fórmulas.

A cafeína é uma substância com efeito diurético que se consumida em excesso pode levar ao aumento do volume urinário diário.

A insuficiência renal em fase não dialítica pode levar a um aumento da produção de urina pela perda da capacidade do rim em concentrar a mesma. É uma perda inapropriada de água por falhas nos túbulos renais. Às vezes é o primeiro sinal perceptível de doença nos rins.


Polaciúria (polaquiúria)

A polaciúria é um sintoma clássico da cistite (leia:INFECÇÃO URINÁRIA ( CISTITE )). A bexiga quando inflamada não consegue reter grandes quantidades de líquido, por isso, pequenos volumes de urina já causam vontade de ir ao banheiro. Muitas vezes existe vontade de urinar e não há quase nenhuma urina para eliminar.

Outro caso de polaciúria são as doenças da próstata. A próstata aumentada atrapalha a saída da urina, dificultando o esvaziamento completo da bexiga. Como a bexiga está sempre com algum volume residual, ela se enche mais rapidamente e a vontade de urinar ocorre com mais frequência.

Gravidez também é uma causa de polaciúria e de poliúria


Nictúria


As causas de nictúria são as mesma da polaciúria e da poliúria. Acordar a noite para urinar é extremamente comum em pessoas com problemas de próstata.

Beber refrigerantes (cafeína) ou muitos líquidos antes de dormir também pode causar nictúria.

Doentes com insuficiência cardíaca, cirrose ou qualquer outra doença que cause edema (inchaço) nas pernas, pode apresentar nictúria. Ao deitar, a tendência é que o edema seja reabsorvido para o sangue e esse excesso de água é então eliminado pelos rins.

Cálculo Renal

O cálculo renal, também conhecido com litíase renal ou simplesmente, pedra nos rins, é uma doença muito comum, acometendo 5% da população mundial. Se a infecção urinária é mais comum no sexo feminino, os cálculos acometem mais o sexo masculino.

Entender como se formam os cálculos é crucial para a prevenção de novos casos.

Mais de 70% das pedras são compostas por sais de cálcio, principalmente oxalato de cálcio e fosfato de cálcio. Ainda existem os cálculos de ácido úrico, estruvita e cistina.

Como se formam os cálculos renais?

Imaginem um copo d'água cheio. A água é clara e transparente. Se jogarmos um pouco de sal, este se diluirá, ficará em suspensão e tornará a água um pouco turva. Se continuarmos a jogar sal no copo, a água ficará cada vez menos clara, até o ponto em que o sal começará a precipitar no fundo do copo. Isso acontece quando a quantidade de solvente (água) não é suficiente para dissolver todo o soluto (sal).




Este é o princípio da formação dos cálculos. Quando a quantidade de água na urina não é suficiente para dissolver todos os sais presentes, estes retornam a sua forma sólida e precipitam nas vias urinárias.


Portanto, a formação de cálculos ocorre por falta de solvente (água) , por excesso de soluto (sais), ou mesmo por ambos.


A maioria dos casos tem como origem a pouca ingestão de líquidos. Pessoas com passado de cálculos ou com história familiar forte, devem urinar pelo menos 2L por dia. Como ninguém vai ficar coletando urina para medir o volume, uma dica é acompanhar a cor da urina. Ela tem que ter odor fraco, ser amarelo bem claro, quase transparente. (leia: URINA COM CHEIRO FORTE E MAL CHEIROSA)


Uma urina diluída resolve o problema da maioria das pessoas. Porém, há um grupo de pacientes que mesmo bebendo bastante água, continuam a formar pedras. São as pessoas com alterações na composição urinária.


Esse é o conceito mais importante do texto. Todo mundo com mais de 1 episódio de cálculo renal deve ser investigado para alterações metabólicas que provocam excesso de solutos na urina.


Se você tem história de cálculos de repetição e nunca investigou a causa, está na hora de procurar um nefrologista. Dependendo da sua alteração, existem tratamentos medicamentosos que podem evitar o aparecimento de novos cálculos.


Às vezes, uma simples modificação na dieta pode prevenir o surgimento de novas pedras.


Você já deve estar pensando: se as maioria dos cálculos são formados por cálcio e o excesso deste na urina favore a formação das pedras, é só eu diminuir minha ingestão de cálcio que resolvo o problema. ERRADO.


O excesso de cálcio na urina ocorre por defeitos tubulares intrínsecos do rim. Se você já está perdendo cálcio na urina e não mantém uma dieta com níveis adequados, o seu organismo para manter níveis sanguíneos controlados vai buscar cálcio nos seus ossos, levando a osteroporose precoce. Portanto, não se deve restringir cálcio na dieta de quem tem pedras nos rins.


A litíase renal de repetição é uma das causas de insuficiência renal crônica. Por isso, além dos estudos para investigar a causa, é também necessário um acompanhamento da creatinina sanguínea.


Sintomas do cálculo renal


O sintomas comum é a cólica renal, uma excruciante dor lombar que pode irradiar em direção a virilha. Por vezes, a dor é tão intensa que vem acompanhada de náuseas e vômitos. Ardência ao urinar e sangue na urina (leia: HEMATÚRIA ( URINA COM SANGUE )) também são frequentes.


Alguns doentes conseguem notar a eliminação de pequenas pedras ao urinar. Quando isso ocorre pode haver alívio dos sintomas


Uma vez que já exista uma pedra nas vias urinárias, esta deve ser seguida de perto, principalmente as maiores de 0,5 cm, que apresentam mais dificuldade em serem expelidas espontaneamente.


Na maioria dos casos o tratamento é expectante. Prescrevemos analgésicos e aguardamos a pedra sair.


Porém, cálculos grandes podem ficar impactados no ureter e provocar uma obstrução à drenagem, causando acumulo de urina e consequente dilatação do rim, a qual chamamos de hidronefrose.


As hidronefroses graves devem ser corrigidas o quanto antes, pois muito tempo de obstrução leva a lesões irreversíveis deste rim.


Rim esquerdo com hidronefrose


O tratamento dos cálculos varia desde simples analgésico e fluidos para tentar eliminar o cálculo espontaneamente, até procedimentos cirúrgicos quando há sinais de infecção, hidronefrose, dor intratável ou cálculos muito grandes.


Quando se opta por uma intervenção as opções são:


- Litotripsia extra-corpórea (LECO)

- Litotripsia percutânea

- Ureteroscopia

- Cirurgia aberta

O que é gripe suína?

A nova gripe conhecida como Gripe Suina ou influenza A é uma doença que tem como conseqüência uma variante do vírus H1N1, a transmissão e a apresentação dos sintomas da gripe suina pode ocorrer através do contato com o animal e objetos contaminados. Sendo que surgiu uma nova variante, que pode ser disseminada entre humanos e esta causando uma epidemia no México.
A gripe suina tem seu contágio através das vias aéreas, como a gripe comum, com contato diretamente ou indiretamente, por meio das mãos com objetos contaminados, o vírus também se espalha, inclusive pelo próprio ar ambiente. A contaminação pela carne suína, esta descartada, desde que se cozinha a mesma à 71 graus Celsius, eles afirmam que o vírus não sobrevive.
Sintomas da Gripe Suína
Os sintomas da gripe suína são muito parecidos com a gripe comum, estão incluídos: febre alta, cansaço, dores musculares, tosse, fadiga, surgiram pessoas com vômitos e diarréias. Para os porcos já existem vacinas, mas para os seres humanos ainda não temos nada, e pode levar uns 6 meses para que isso ocorra.
O governo deve ser rigoroso nos vôos vindo do exterior, certificando que nenhum passageiro, esteja contaminado, pois mesmo que os sintomas da gripe, não esteja aparente, temos que estar alerta por um período, pois algumas delas vieram de paises que já estão contaminados. Ter a lista de passageiros desse período, e verificar se após alguns dias no nosso país, nenhum deles esteja apresentando algum sintoma, é sempre bom estar em alerta e conscientizar a todos.
O que é a doença Gripe A?
Chamada popularmente de gripe suína, trata-se de uma doença respiratória que surgiu entre os porcos, provocada por um vírus influenza do tipo A, que ataca aves, suínos e humanos. Esses vírus têm alto poder de mutação e contaminação. Por isso, é mais letal que o da gripe comum
Contágio da Gripe Suina
Esse vírus pode passar, por proximidade, dos porcos para os seres humanos. Pela tosse ou pelo espirro de pacientes infectados, a gripe pode ser transmitida entre as pessoas. Não há contaminação ao comer a carne de porco cozida (a 70°) porque os vírus da gripe suína são destruídos a essa temperatura.
OBS: Ao facilitar a transmissão do vírus da Gripe Suína, indivíduos podem favorecer que ele se torne mais agressivo, expondo toda a população a uma forma mais grave da doença” diz o infectologista Artur Timerman.
Sendo assim ,previna-se lavando as mãos pelo menos 10 vezes por dia, principalmente quando sair, ou tiver contato com pessoas que sairam, essas também tem que lavar suas mãos.
Fazer o diagnóstico
Só se consegue a certeza isolando-se o vírus influenza tipo A, analisando amostras respiratórias dos pacientes, nos primeiros 4 a 5 dias ou até 10 dias em crianças.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Alimentos para a memória

Onde foi parar a chave do carro? O que vim buscar aqui?
De onde eu conheço aquela mulher? Se você já enfrentou esses "brancos" e
concluiu que sua memória não está na melhor forma, antes de atribuir o fato à
passagem do tempo ou à correria diária, reflita sobre suas escolhas à mesa.
Estudos têm mostrado que a dieta equilibrada é fundamental para o bom
funcionamento do cérebro. Cientistas do Human Nutrition Research Center on Aging
(HNRCA), da Universidade Tufts, uma das mais renomadas instituições de pesquisa
dos EUA, estão empenhados em mostrar que a alimentação adequada contribui para
evitar o declínio das funções cognitivas e prevenir doenças degenerativas
progressivas como Alzheimer, que ocasiona esquecimentos, dificuldade de
raciocínio e alterações de comportamento. "Frutas, vegetais, sementes, nozes e
grãos contêm diversos compostos que melhoram as conexões entre as células
nervosas", avisa James Joseph, pesquisador do laboratório de Neurociência do
HNRCA.
Trabalhos realizados no Brasil pela equipe do neurologista Cícero
Galli Coimbra, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), não só confirmam
a tese defendida pelos pares americanos, como já apontam inimigos e aliados do
cérebro. Uma de suas pesquisas mostrou que a exclusão de carne da mesa e o
acréscimo na ingestão de vitamina B2 favorecem a recuperação das funções motoras
em portadores da doença de Parkinson, que afeta o sistema nervoso central e é
caracterizada por tremores e rigidez muscular. Houve casos de 90% de melhora.
Segundo o neurologista, carnes em geral produzem toxinas lesivas aos neurônios
(veja quadro Atenção para esses vilões). Depois, a equipe verificou que uma
dieta rica em colina, micronutriente derivado de um aminoácido encontrado
fartamente na gema do ovo, não só estimula a atividade cerebral, como pode ser
particularmente benéfico para a memória. Conheça melhor esse e outros alimentos
que devem ter lugar garantido em suas refeições.

OVO

Um mix de ingredientes nota 10
É a principal fonte de
colina, que não só participa da formação de novos neurônios, como ajuda a
reparar as células cerebrais avariadas. Fora isso, constitui a matéria-prima da
acetilcolina, neurotransmissor fundamental para a memória e o aprendizado. "A
colina favorece a função cognitiva e a melhora da depressão", informa a
nutricionista Barbara Rescalli Sanches, da VP Consultoria Nutricional, em São
Paulo. Comprovouse, ainda, que esse micronutriente é tão importante quanto o
ácido fólico para o desenvolvimento do sistema nervoso do feto. Uma gema tem
cerca de 130 mg de colina.
Salmão, soja, fígado, germe de trigo e feijão
trazem concentrações menores. Como se não bastasse, o ovo é fonte de proteína de
alto valor biológico e ainda fornece diversas vitaminas do Complexo B, que
facilitam a comunicação entre os neurônios.

PEIXE

Fama reconhecida
É verdade o que se ouve dizer.
O
peixe alimenta o cérebro e a memória em particular. Ainda mais se for de águas
frias, como salmão, sardinha, anchova, atum, arenque e cavala, por fornecerem
ácidos graxos altamente benéficos, do tipo ômega 3, que tem reconhecida ação
antiinflamatória. Um trabalho da Universidade Laval, no Canadá, demonstrou que
eles protegem os neurônios contra os radicais livres, notórios destruidores de
células. Nesse grupo de ácidos graxos destaca-se o DHA (ácido docosahexaenóico).
Estudos populacionais conduzidos pela equipe de Ernst Schaefer, também do

HNRCA, identificaram um risco 47% menor de desenvolver
Alzheimer em indivíduos com taxas significativas de DHA por consumirem pelo
menos uma porção de peixe por semana. Segundo o pesquisador, esse ácido graxo
preserva as membranas dos neurônios, colaborando para a troca de informações
entre eles.
Por fim, os peixes ainda fornecem a vitamina D, que contribui
para a renovação dos neurônios.

ESTUDOS CORROBORAM O ANTIGO CONSELHO MATERNO:
COMER PEIXE TODA SEMANA REALMENTE BENEFICIA A ATIVIDADE
CEREBRAL